O mercado de smartphones dobráveis na China assistiu a um crescimento notável em 2024, mas também a alguns desafios.
E no meio desta montanha-russa, quem se destaca é a Huawei, que lançou modelos como o Mate X6 e o Mate XT Ultimate, assumindo a liderança no segmento.
Huawei no topo: uma história de sucesso
De acordo com um estudo da IDC, a Huawei detém quase 50% do mercado de smartphones dobráveis na China. Em segundo lugar, com 20,6%, surge a Honor, seguida pela Vivo com 11,1%, impulsionada por produtos como a série X Fold 3.
A Xiaomi ocupa o quarto lugar, com 7,4% de quota de mercado, conquistada graças ao sucesso do seu primeiro modelo dobrável em formato concha.
É interessante notar que a Oppo, apesar de não ter lançado novos dobráveis em 2024, ainda mantém uma quota de 5,3%, fruto da forte recomendação dos seus utilizadores.
Mas há uma ausência notável neste cenário: a Samsung, líder global em dispositivos dobráveis, ainda não conseguiu conquistar uma posição de destaque no competitivo mercado chinês.
Ascensão e queda? O futuro dos dobráveis
Os números mostram que as vendas de smartphones dobráveis atingiram 9,17 milhões de unidades em 2024, um aumento de 30,8% relativamente ao ano anterior.
No entanto, o último trimestre do ano registou uma queda de 9,6% nas vendas, com um total de 2,5 milhões de unidades. Esta foi a primeira quebra após nove trimestres consecutivos de crescimento acelerado.
Embora melhorias no design, durabilidade e autonomia da bateria tenham tornado os dobráveis mais apelativos, fatores como o preço elevado, a durabilidade ainda limitada e o espaço interno restrito continuam a impedir a sua adoção por um público mais amplo.
Mercado de smartphones em recuperação
Após dois anos consecutivos de declínio, o mercado de smartphones na China recuperou em 2024, com as vendas a atingirem cerca de 286 milhões de unidades, um aumento de 5,6% em relação ao ano anterior.
Este crescimento deve-se à procura por funcionalidades baseadas em inteligência artificial, ecrãs melhorados e maior autonomia da bateria, especialmente no primeiro semestre do ano.
Apesar da procura ter diminuído no final do ano, espera-se que os programas de subsídios ao consumo, apoiados pelo governo e previstos para 2025, estimulem ainda mais o mercado. Analistas acreditam que esta recuperação representa uma oportunidade crucial para os fabricantes inovarem e capitalizarem as mudanças nas preferências dos consumidores.
No entanto, as empresas devem equilibrar os ganhos a curto prazo com o crescimento sustentável, para evitar o risco de esgotar prematuramente a procura futura.
