A Meta voltou a agitar o mercado de inteligência artificial com o lançamento da série Llama 4, uma nova geração de modelos que aposta numa arquitetura Mixture of Experts (MoE). Esta série apresenta-se como a grande rival dos gigantes GPT-4o e Gemini 2.0, mas com um trunfo importante: é completamente open-source.
Com três variantes — Scout, Maverick e Behemoth — a Llama 4 distingue-se pela combinação rara de desempenho, eficiência e acessibilidade, prometendo impactar não só os desenvolvedores, mas também empresas que procuram soluções de IA mais económicas.
Três modelos, três propostas para diferentes necessidades
A Meta revelou três versões distintas do Llama 4, cada uma com um foco específico:
- Llama 4 Scout: Um modelo multimodal leve, desenhado para tarefas visuais e de linguagem, com capacidade de análise de imagens, reconhecimento de objetos e interpretação contextual.
- Llama 4 Maverick: A estrela da série, superando concorrentes como o DeepSeek-V3 em testes de desempenho. Destaca-se em áreas como programação, raciocínio lógico e escrita criativa.
- Llama 4 Behemoth: Um colosso com impressionantes 2 biliões de parâmetros. Ainda não foi lançado oficialmente, mas promete bater até o GPT-4.5 da OpenAI.
Eficiência que promete democratizar o acesso à IA
Um dos aspetos mais impressionantes da série Llama 4 é a sua eficiência computacional. Tanto o modelo base como o Maverick conseguem operar com uma única GPU H100 — uma façanha notável, tendo em conta o poder de processamento envolvido. Esta abordagem não só reduz custos, como também facilita o acesso a estas ferramentas por parte de empresas com infraestruturas mais modestas.
A Meta anunciou ainda uma política de preços competitiva, com APIs mais acessíveis do que as de rivais diretos. Segundo a empresa, o Maverick tem metade dos parâmetros de modelos concorrentes, mas consegue igualar — ou até superar — o desempenho. Uma proposta tentadora para quem procura IA de ponta sem um custo elevado.
Domínio em benchmarks reforça liderança no open-source
O Llama 4 Maverick já deixou marca nos principais rankings. Com uma pontuação de 1417 na Grand Model Arena, ocupa agora o topo da lista dos modelos open-source em diversas categorias: programação, raciocínio e criatividade.
Este desempenho destaca-se especialmente por vir de um modelo de código aberto, num mercado tradicionalmente dominado por soluções fechadas de grandes tecnológicas. A Meta quer liderar este novo capítulo da IA, tornando estas ferramentas mais abertas e acessíveis a programadores e investigadores em todo o mundo.
Multimodalidade e suporte para 200 idiomas
Outro ponto forte da nova série é a capacidade multimodal nativa. Os modelos Llama 4 não só processam texto e imagem, como conseguem lidar com tarefas complexas de raciocínio visual. Isso significa que podes, por exemplo, apresentar uma imagem ao Scout e fazer perguntas sobre o conteúdo, contexto ou até implicações da cena.
Além disso, os modelos agora suportam até 200 idiomas, um salto importante relativamente às versões anteriores e um claro sinal da aposta numa IA mais inclusiva e global.
Pressão sobre a concorrência
O impacto do Llama 4 não se resume ao seu desempenho técnico. A Meta está a pressionar diretamente rivais como a Google e a OpenAI, obrigando-os a repensar as suas estratégias de acessibilidade e preços. Mesmo Sam Altman, CEO da OpenAI, já deixou no ar pistas sobre a necessidade de acelerar o lançamento do próximo GPT.
Estamos a assistir a uma mudança clara no panorama da IA, onde os modelos open-source ganham cada vez mais terreno. A série Llama 4 marca esse novo caminho: tecnologia de ponta, aberta e mais próxima de quem a quer usar para inovar.
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