Google Pixel 9 Pro XL revela-se um pesadelo para reparações

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Recentemente, o canal JerryRigEverything publicou um vídeo de desmontagem do Google Pixel 9 Pro XL, revelando alguns aspetos preocupantes sobre a reparabilidade do dispositivo.

Esta análise surge pouco depois de um vídeo semelhante publicado pela iFixit, confirmando algumas das dificuldades já identificadas.

Um processo de desmontagem desafiante

O processo de abertura do Pixel 9 Pro XL começa pela parte traseira, utilizando calor e álcool isopropílico.

Logo de início, Zack, o apresentador do canal, notou que as reparações são dificultadas pelo uso de parafusos menos comuns em algumas peças. Além disso, a variedade de tamanhos de parafusos complica ainda mais o processo de remontagem.

Estes detalhes podem parecer insignificantes, mas para quem precisa de reparar o seu telemóvel, podem significar a diferença entre uma reparação rápida e económica e uma visita dispendiosa a um centro de assistência autorizado.

A bateria: o calcanhar de Aquiles

O verdadeiro problema surge quando se tenta remover a bateria. O processo é, no mínimo, frustrante. A aba de remoção, que deveria facilitar a extração, parte-se sem cumprir a sua função.

Como resultado, é necessário recorrer a álcool para dissolver o adesivo extremamente forte que fixa a bateria.

Na opinião de Zack, o Pixel 9 Pro XL tem a bateria mais difícil de substituir entre todos os telemóveis mainstream, incluindo os iPhones.

Esta é uma notícia particularmente preocupante, considerando que a substituição da bateria é uma das reparações mais comuns em smartphones.

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Nem tudo são más notícias

Apesar dos desafios de reparação, o Pixel 9 Pro XL apresenta alguns detalhes interessantes. Por exemplo, o orifício do microfone tem um design que impede que seja perfurado acidentalmente ao inserir a ferramenta de remoção do cartão SIM.

Além disso, as câmaras são surpreendentemente grandes, o que justifica, em parte, o tamanho do módulo de câmaras no dispositivo.

Esta informação pode ser reconfortante para os utilizadores que se questionavam sobre a necessidade de um módulo tão proeminente.

Um passo atrás na reparabilidade

É desanimador ver que, enquanto fabricantes como a Samsung e a Apple têm feito progressos significativos na reparabilidade dos seus smartphones, a Google parece ter dado um passo atrás com o Pixel 9 Pro XL.

A facilidade de reparação não é apenas uma questão de conveniência para o consumidor. Tem implicações importantes para a sustentabilidade e a longevidade dos dispositivos.

Num mundo cada vez mais consciente do impacto ambiental da tecnologia, a capacidade de reparar e manter os dispositivos por mais tempo é crucial.

Talvez no próximo ano vejamos melhorias neste aspeto. Até lá, os potenciais compradores do Pixel 9 Pro XL devem estar cientes destes desafios de reparação ao considerarem a sua compra.

Como utilizador e observador do mercado de smartphones, não posso deixar de expressar a minha deceção com esta situação. Num momento em que a reparabilidade e a sustentabilidade deveriam ser prioridades, parece que a Google optou por um caminho diferente.

Esperemos que a empresa reconsidere esta abordagem nas futuras iterações do Pixel.

Pontos Principais:

  • O Google Pixel 9 Pro XL apresenta sérios desafios de reparação, conforme revelado em recentes vídeos de desmontagem.
  • A substituição da bateria é particularmente difícil, sendo considerada a mais complicada entre os smartphones mainstream.
  • O dispositivo utiliza parafusos menos comuns e de vários tamanhos, complicando o processo de reparação.
  • Alguns detalhes de design, como a proteção do orifício do microfone, são pontos positivos.
  • Ao contrário de concorrentes como Samsung e Apple, a Google parece ter regredido em termos de reparabilidade.

Amante de tecnologia, desporto, música e muito mais coisas que não cabem em 24 horas. Fundador do AndroidBlog em 2011 e autor no Techenet desde 2012.