Google Pixel 9: UFS 3.1 vs UFS 4.0 — Será que faz diferença?

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A Google surpreendeu muitos entusiastas de tecnologia ao optar pelo armazenamento UFS 3.1 em toda a sua linha Pixel 9, incluindo os modelos Pro.

Esta decisão levantou algumas sobrancelhas, especialmente considerando que a maioria dos smartphones topo de gama lançados em 2024 utilizam o mais recente padrão UFS 4.0.

O que significa esta escolha para os utilizadores?

À primeira vista, a utilização do UFS 3.1 pode parecer um passo atrás. Afinal, o UFS 4.0 oferece velocidades de leitura e escrita significativamente mais rápidas. Testes de benchmark realizados pela Android Authority revelaram uma diferença considerável de desempenho entre os Pixel 9 e os seus concorrentes equipados com UFS 4.0.

Por exemplo, o modelo base do Pixel 9 atingiu velocidades de leitura sequencial de 980 MB/s, enquanto o Zenfone 11 Ultra, com UFS 4.0, alcançou incríveis 2.130 MB/s — mais do dobro da velocidade!

No entanto, antes de descartares a ideia de comprar um Pixel 9, é importante considerar o contexto mais amplo.

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Será que o UFS 3.1 é realmente um problema?

Na minha experiência, a resposta curta é: provavelmente não. Embora os benchmarks mostrem uma diferença significativa, a verdade é que o UFS 3.1 ainda é perfeitamente capaz de lidar com a maioria das tarefas diárias de forma eficiente.

Pensa assim: quando foi a última vez que ficaste frustrado com a velocidade de armazenamento do teu telemóvel?

A menos que estejas constantemente a transferir ficheiros enormes ou a realizar tarefas extremamente exigentes, é provável que nem notes a diferença no dia a dia.

Como a Google compensa esta “limitação”?

A Google não ficou parada. Implementou várias otimizações para garantir que o desempenho dos Pixel 9 não seja comprometido:

  1. Compressão de vídeo: Mesmo com o UFS 3.1, os Pixel 9 podem gravar vídeos em 8K a 60FPS, graças a técnicas avançadas de compressão que reduzem a velocidade de escrita necessária.
  2. Processador Tensor G4: Este chip foi especificamente projetado para trabalhar em harmonia com o UFS 3.1, minimizando quaisquer impactos no desempenho.
  3. IA avançada: Os grandes modelos de IA da Google ajudam a manter a qualidade de imagem durante a gravação de vídeo comprimido, garantindo resultados nítidos e claros.

O que podemos esperar do futuro?

Embora a escolha do UFS 3.1 para o Pixel 9 possa ter surpreendido alguns, há razões para otimismo relativamente ao futuro.

Rumores sugerem que a Google planeia equipar a série Pixel 10 com o Tensor G5, o seu primeiro processador fabricado internamente utilizando o processo de 3nm da TSMC.

Este novo chip promete ganhos significativos de desempenho e eficiência energética, o que poderia compensar amplamente qualquer “desvantagem” percebida do UFS 3.1.

Vale a pena considerar o Pixel 9?

Absolutamente! Apesar da escolha do UFS 3.1, o Pixel 9 continua a ser um smartphone topo de gama extremamente capaz. A Google demonstrou repetidamente a sua capacidade de otimizar o software para extrair o máximo desempenho do hardware.

Se estás à procura de um smartphone com uma excelente câmara, software limpo e recursos de IA de ponta, o Pixel 9 merece certamente a tua atenção. No final do dia, a experiência do utilizador vai muito além de simples números de benchmark.

E tu, o que achas desta decisão da Google? Acreditas que o UFS 3.1 é um fator decisivo na escolha de um smartphone em 2024? Partilha a tua opinião nos comentários!

Pontos Principais:

  1. Google Pixel 9 usa armazenamento UFS 3.1, mais lento que o UFS 4.0 usado pela concorrência.
  2. Testes de benchmark mostram diferenças significativas de velocidade.
  3. Na prática, o UFS 3.1 ainda é capaz para a maioria das tarefas diárias.
  4. Google implementou otimizações para compensar, incluindo compressão de vídeo e IA avançada.
  5. Futuro Pixel 10 pode trazer melhorias significativas com novo processador Tensor G5.

Amante de tecnologia, desporto, música e muito mais coisas que não cabem em 24 horas. Fundador do AndroidBlog em 2011 e autor no Techenet desde 2012.