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A gigante chinesa BYD está pronta para revolucionar o mercado automóvel europeu. A empresa, que já domina as vendas de veículos elétricos (EVs) na China, definiu uma meta ousada: triplicar a sua atual quota de mercado na Europa, o que significa um duro golpe para os fabricantes de automóveis tradicionais ainda fortemente dependentes de motores a combustão.
Triplicar as vendas? É possível
A BYD iniciou as suas operações na Europa recentemente e atualmente detém 1,1% do mercado europeu de EVs.
No entanto, o CEO da BYD Europe, Michael Shu, acredita que a empresa está pronta para crescer rapidamente.
Uma nova fábrica na Hungria é parte fundamental dessa estratégia com uma capacidade de produção inicial para construir 150.000 veículos anualmente, podendo mesmo atingir os 300.000 no futuro.
Foco na experiência europeia
A fábrica na Hungria vai ser uma aposta “Europa para a Europa”, construindo veículos e baterias desenhados para as necessidades dos condutores europeus.
Isso deverá resultar em entregas mais rápidas e gerar maior confiança junto dos consumidores.
“Será mais fácil para as pessoas aceitarem a nossa marca quando perceberem que estamos a responder às suas necessidades específicas”, afirma Shu.
Modelos poderosos para dominar
A BYD não vai ficar-se por aqui. A marca planeia expandir a sua gama de EVs e híbridos plug-in (PHEV) disponíveis na Europa.
O SUV elétrico BYD Seal U, apresentado recentemente, prepara-se para rivalizar diretamente com o popular Volkswagen ID.4.
Este novo modelo foi pensado especificamente para o mercado europeu e promete uma autonomia acima dos 500 km (WLTP) e carregamento rápido.
Preço acessível como arma
Apesar da aposta em tecnologia e qualidade, a BYD não quer ser uma marca de luxo inacessível. O seu posicionamento é a oferta “premium acessível”, onde os europeus podem encontrar veículos de excelentes características a um preço competitivo.
Para reforçar esta estratégia, a BYD iniciou também uma “guerra de preços” no seu mercado doméstico (China), baixando drasticamente os preços dos seus modelos mais vendidos com o objetivo explícito de ganhar terreno a carros a gasolina e diesel.
Será o fim da era da gasolina?
As estratégias agressivas da BYD, tanto em termos de expansão como de política de preços, são um claro sinal da confiança que a marca deposita na tecnologia EV.
A Europa, cada vez mais sensível às preocupações ambientais, é um palco privilegiado para esta ofensiva.
Fica por saber se a guerra da BYD levará ao colapso dos carros convencionais ou à aceleração da transição dos concorrentes europeus para o mundo elétrico.
Resumo:
- Crescimento agressivo: A BYD pretende triplicar a sua atual quota de mercado de 1,1% no mercado europeu de veículos elétricos (EV). Recentemente, deu início às suas operações na Europa vendendo veículos na Noruega.
- Localização para vencer: O CEO da BYD Europe, Michael Shu, sublinha que a empresa está ainda numa fase inicial, mas espera um rápido crescimento das vendas. A BYD planeia abrir uma fábrica na Hungria com uma capacidade de produção de 150.000 carros elétricos por ano, podendo atingir um máximo de 300.000.
- Europa para a Europa: A fábrica europeia irá produzir automóveis e baterias especificamente para o mercado europeu, permitindo tempos de entrega mais rápidos e maior confiança do cliente.
- Gama alargada: Para além de modelos existentes, como o Atto 3, a BYD está a introduzir novos EVs e PHEVs na Europa, como o Seal U - um SUV elétrico desenhado para competir com o Volkswagen ID.4.
- Foco na acessibilidade: A BYD posiciona-se como uma marca "premium acessível", oferecendo carros de qualidade a preços mais apelativos em comparação com muitos concorrentes.
- Foco na concorrência com os combustíveis: A BYD iniciou uma agressiva campanha na China com o objetivo de baixar os seus próprios preços e roubar quota de mercado aos veículos convencionais a gasolina.
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