Google enfrentou uma derrota significativa em tribunal frente à Epic Games, num caso antitrust que pode alterar as regras do jogo para a distribuição de aplicações em smartphones Android.
O veredito, decidido por um júri em São Francisco, declara a Play Store da Google como um monopólio ilegal, abrindo caminho para uma maior concorrência no ecossistema Android.
Epic Games ganha caso antitrust contra a Play Store da Google
O júri, de forma unânime, considerou que a Google detém um monopólio na distribuição de aplicações para Android, violando leis de concorrência.
Esta decisão surge após um julgamento que durou um mês, sendo parte de uma disputa que começou em 2020 quando a Epic Games introduziu o seu próprio sistema de pagamentos em Fortnite, desafiando assim as políticas da Google e da Apple.
A batalha legal e o futuro da Play Store
Este veredito é apenas o início de uma batalha legal que pode durar anos. Enquanto a Google planeia recorrer da decisão, em janeiro, o juiz James Donato anunciará as ações específicas que a Google terá que tomar com base na decisão do júri.
Estas ações podem implicar mudanças significativas na forma como os utilizadores fazem download de aplicações em dispositivos Android.
Impacto para desenvolvedores de aplicações
A Epic Games considera esta vitória um marco para os desenvolvedores de aplicações e utilizadores a nível global.
Acusa a Google de abusar do seu monopólio para exigir taxas exorbitantes, sufocar a concorrência e reduzir a inovação.
O julgamento revelou também que a Google teria feito acordos questionáveis, pagando mil milhões de dólares a desenvolvedores para que não criassem as suas próprias lojas de aplicações.
Posição da Google e o apelo planeado
Em resposta, um executivo da Google, Wilson White, defendeu a Play Store, argumentando ser a opção mais livre e aberta disponível, competindo diretamente com a Apple.
A Google sustenta que o seu modelo Android é vital para manter um ambiente seguro e atraente para os utilizadores.
Este caso pode ter um impacto significativo na indústria de aplicações, potencialmente dando mais controle aos desenvolvedores sobre a distribuição e monetização das suas aplicações.