Telegram sai em defesa do CEO após detenção em França

O fundador e CEO do Telegram, Pavel Durov, foi detido pelas autoridades francesas no sábado à noite, após aterrar em França.

A justiça francesa considerou que Durov mostrou falta de cooperação com as autoridades e que é cúmplice de crimes como tráfico de droga, fraude e distribuição de fotografias infantis, devido à falta de moderação de conteúdo na plataforma.

Telegram afirma cumprir leis da UE

Em resposta, o Telegram pronunciou-se publicamente através de uma mensagem partilhada no seu canal oficial. A empresa afirma que “cumpre as leis da UE, incluindo a Lei dos Serviços Digitais” e que a sua moderação “está dentro dos padrões da indústria e está em constante evolução”.

O Telegram também defende que o seu CEO “não tem nada a esconder” e que “é absurdo afirmar que uma plataforma ou o seu proprietário são responsáveis pelo abuso dessa plataforma”.

A empresa destaca que quase mil milhões de utilizadores em todo o mundo utilizam o Telegram como meio de comunicação e como fonte de informação vital.

Snowden condena detenção de Durov

A detenção de Durov já mereceu reações de figuras conhecidas, como Edward Snowden. O famoso denunciante condenou a ação das autoridades francesas, considerando-a um ataque à privacidade e à liberdade de expressão.

Prisão preventiva prolongada

Entretanto, foi decretada prisão preventiva prolongada para Pavel Durov em França. O executivo permanecerá detido enquanto aguarda julgamento pelas acusações de cumplicidade nos crimes alegadamente facilitados pela falta de moderação no Telegram.

O caso levanta questões sobre a responsabilidade das plataformas online pelos conteúdos partilhados pelos seus utilizadores e sobre os limites da liberdade de expressão na internet.

À medida que se desenrolam os acontecimentos, o mundo tech estará atento aos desenvolvimentos deste caso de alto perfil.