O Huawei Pura 80 Ultra já tinha dado que falar pelo seu design elegante, mas a verdadeira magia, como muitas vezes acontece, reside no seu interior. Um recente vídeo a desmanchar o novo topo de gama da Huawei, publicado na rede social chinesa Weibo, veio finalmente desvendar os mistérios da sua complexa câmara e confirmar que este telemóvel é uma autêntica obra de engenharia.
Se tinhas curiosidade em saber como funciona a sua aclamada câmara periscópica dupla, prepara-te. O que foi encontrado dentro do Pura 80 Ultra é tão ou mais impressionante do que o seu aspeto exterior, mostrando um nível de sofisticação e robustez que poucos conseguem alcançar.
Uma fortaleza de aço: mais do que um telemóvel, uma obra de arte
A primeira grande surpresa do desmanche foi a incrível dificuldade em abrir o dispositivo. O autor do vídeo descreve o processo como um verdadeiro desafio, referindo que a tampa traseira de aço é tão resistente que foi necessário recorrer a um cortador elétrico para conseguir aceder aos componentes internos. A sua frustração foi evidente na frase: “Não consigo cortar, simplesmente não consigo cortar”.
Esta construção quase impenetrável, embora possa complicar futuras reparações, é um testemunho da durabilidade e da qualidade de construção que a Huawei implementou. O responsável pelo vídeo descreve o Pura 80 Ultra como uma “peça de arte sofisticada”, um aparelho que não só se destaca pela beleza, mas também pela sua imensa solidez. Para ti, enquanto utilizador, isto traduz-se numa maior paz de espírito e na sensação de ter nas mãos um produto verdadeiramente premium.
O coração da besta: como funciona a câmara periscópica dupla?
O ponto alto deste desmanche foi, sem dúvida, a análise ao módulo da câmara. É aqui que reside a maior inovação do Pura 80 Ultra. Ao contrário de outras soluções no mercado, o sistema da Huawei utiliza duas lentes teleobjetivas distintas que partilham o mesmo sensor de imagem. A forma como isto é conseguido é um feito de microengenharia.
O vídeo mostra uma estrutura de engrenagens e componentes internos sobrepostos com uma precisão impressionante. O mecanismo responsável pela troca entre as lentes foi apelidado de “tecnologia móvel de percurso ótico duplo de ultraprecisão”, a primeira do seu género na indústria. Esta tecnologia assegura que as lentes se movem e alternam as suas posições com uma estabilidade e fiabilidade absolutas, garantindo que a qualidade da imagem nunca é comprometida.
Um único sensor para duas lentes: a solução genial da Huawei
A decisão de usar um só sensor para duas lentes teleobjetivas é uma solução engenhosa com múltiplos benefícios. Em primeiro lugar, permite poupar espaço valioso dentro de um chassis já repleto de tecnologia. Esse espaço pode ser aproveitado para outros componentes, como uma bateria maior ou um sistema de arrefecimento mais eficiente.
Em segundo lugar, e talvez mais importante para a qualidade fotográfica, garante uma consistência de cor e processamento de imagem entre os dois níveis de zoom ótico. Como é o mesmo sensor que captura a luz de ambas as lentes, evitam-se as discrepâncias de cor e detalhe que por vezes ocorrem em telemóveis que usam sensores diferentes para as suas várias câmaras. É um detalhe técnico que tem um impacto direto e positivo nas fotografias que tiras.
A surpresa no processador: Kirin 9020 com um novo trunfo
Durante meses, os rumores apontavam para que o Pura 80 Ultra viesse equipado com um novo processador Kirin 9030. No entanto, o desmanche veio esclarecer a questão: o cérebro do dispositivo é, na verdade, o Kirin 9020. Mas esta não é uma má notícia, pois este processador traz um trunfo na manga.
A Huawei utilizou uma nova tecnologia de encapsulamento para o processador. Embora isto possa parecer um pormenor demasiado técnico, o encapsulamento de um chip (a forma como ele é montado e protegido) tem um impacto direto no seu desempenho e eficiência. Uma tecnologia mais avançada pode permitir uma melhor dissipação de calor e uma comunicação mais rápida entre os componentes. Por isso, mesmo não sendo o modelo 9030, espera-se que este Kirin 9020, com a sua nova “embalagem”, ofereça um desempenho consideravelmente superior ao dos seus antecessores.
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