Se és fã da linha Galaxy S Ultra da Samsung, provavelmente consideras o sistema de câmaras, e em particular a sua impressionante capacidade de zoom, um dos seus maiores trunfos. No entanto, as mais recentes fugas de informação trazem um balde de água fria para quem esperava uma evolução radical nos próximos anos. Ao que tudo indica, a Samsung está a preparar-se para “congelar” a evolução de um dos componentes mais cruciais da sua câmara telefoto, uma decisão que pode deixar os seus topos de gama a ver os concorrentes passar à frente.
A estratégia da Samsung para os seus smartphones de elite sempre foi de evolução constante, mas as informações que chegam de fontes credíveis, como o conhecido “leaker” @UniverseIce, pintam um quadro diferente para o futuro próximo. A empresa sul-coreana parece estar a entrar num ciclo de reutilização de hardware que pode durar, pelo menos, até 2027. Esta abordagem conservadora, embora possa ter os seus méritos do ponto de vista da produção, arrisca-se a deixar os seus fiéis utilizadores com uma sensação de estagnação, precisamente numa área onde a inovação é mais visível e desejada.
O mesmo sensor de zoom por quatro anos consecutivos
A notícia que está a agitar a comunidade é direta e preocupante: a Samsung planeia manter o mesmo sensor de 5x para a sua câmara telefoto durante, pelo menos, quatro gerações de smartphones. O sensor em questão, um componente de 48MP com um tamanho de 1/2.52 polegadas, foi introduzido pela primeira vez no Galaxy S24 Ultra, lançado em 2024. Se os rumores se confirmarem, este mesmo sensor será reutilizado no Galaxy S25 Ultra, no Galaxy S26 Ultra e, incrivelmente, até no Galaxy S27 Ultra, que será lançado em 2027.
Esta estagnação no hardware do zoom é particularmente notável porque a concorrência não está a dormir. Marcas como a Apple, por exemplo, já equipam os seus modelos iPhone 17 Pro com sensores de tamanho semelhante, mas com uma abertura de lente superior (f/2.8 contra o f/3.4 do S25 Ultra), o que, tecnicamente, lhes confere uma vantagem na captação de luz e detalhe. A decisão da Samsung de não atualizar um componente tão vital durante tanto tempo pode significar que, em breve, o “rei do zoom” pode perder a sua coroa.
Uma estratégia que se estende à câmara principal
Infelizmente, esta aparente falta de ambição não se limita à câmara de zoom. A mesma fonte indica que a Samsung está a seguir uma estratégia idêntica para o seu sensor principal. O sensor HP2 de 200MP, que se estreou com o Galaxy S23 Ultra, também parece destinado a uma longa vida, sendo reutilizado, pelo menos, até ao Galaxy S26 Ultra.
Embora ainda seja um sensor muito competente, a verdade é que já começa a mostrar a sua idade, especialmente quando comparado com as propostas dos rivais chineses. Fabricantes como a Vivo e a Xiaomi já estão a equipar os seus topos de gama com sensores principais muito maiores e mais modernos. De forma irónica, alguns destes concorrentes estão a usar o mesmo sensor de 200MP da Samsung, mas nas suas câmaras de zoom, demonstrando o quão rápido o mercado está a evoluir e o quão para trás a Samsung arrisca ficar se mantiver esta abordagem conservadora.

Uma abertura de lente maior como prémio de consolação?
No meio deste cenário pouco animador, há uma pequena luz de esperança, embora seja mais um paliativo do que uma verdadeira solução. Os rumores sugerem que, para compensar a falta de inovação nos sensores, a Samsung poderá equipar o Galaxy S26 Ultra com lentes de maior abertura. Fala-se numa abertura de f/1.4 para a câmara principal e f/2.8 para a telefoto.
O que é que isto significa na prática? Uma lente com uma abertura maior permite a entrada de mais luz, o que se traduz, teoricamente, num melhor desempenho em ambientes escuros e em fotografias com um desfoque de fundo (bokeh) mais natural e agradável. É, sem dúvida, uma melhoria bem-vinda, mas não deixa de ser um upgrade incremental. Não resolve a limitação fundamental de ter um sensor mais pequeno e mais antigo do que a concorrência. É como colocar pneus de corrida num carro com um motor antigo; o desempenho melhora, mas o potencial continua limitado pelo hardware de base.
Para os utilizadores que esperavam um salto quântico na qualidade de imagem, especialmente no que toca ao zoom, as notícias não são as melhores. Aparentemente, a Samsung acredita que consegue extrair mais dos seus sensores atuais através de software e pequenas melhorias no hardware circundante. Resta saber se essa aposta será suficiente para manter os seus smartphones no topo da fotografia móvel ou se abrirá a porta para que novos reis sejam coroados. Uma coisa é certa: se queres uma revolução nas câmaras do Galaxy S Ultra, vais ter de esperar, pelo menos, até 2027.























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